Micro Jigging em Águas Brasileiras

Já faz um bom tempo que o estilo de pescar com jigs extremamente pequenos é praticado no Japão, e foi criado pela necessidade de buscar pequenos peixes em meio a pedras e pelas costeiras, com intuito de ser uma pescaria leve e divertida com grande variedade de espécies.

Claudio Muranaka e Xéreo Branco capturado com o micro jig Crazee Casjig

Claudio Muranaka e Xéreo Branco capturado com o micro jig Crazee Casjig

 

Quando falamos em “jig” já associamos a iscas pesadas de metal e varas curtas para a pesca no vertical, conhecida como vertical jigging, mas o micro jigging é bem diferente em diversos aspectos, e o mais evidente é o peso das iscas e o dimensionamento dos equipamentos.   Originalmente no Japão são usados varas longas, acima de 7 pés, linhas muito finas, PE 0,4 até PE 1, jigs entre 1g até 12g e shock leader entre 10 e 16 lbs, tudo muito reduzido, pois os peixes alvo também são pequenos e ariscos. Como exemplo desses equipamentos japoneses temos a linha Seabass Varivas, os leaderes Varivas, assist DJ-92 da Decoy e os Jigs Smith Wooblin, Maxel Dragonfly L, Crazee Cazjig, todos comercializados no Brasil pela Everquest Sports.

Micro Jig Wobblin, da Smith, que estará disponível na Everquest Sports a partir de Outubro de 2020

 

micro jig Crazee Casjig

No Japão esta pescaria é feita desembarcada andando pelas pedras, praias e estuários, a fim de capturar uma grande quantidade de espécies, sendo a maioria de pedra ou de passagem como os valentes carapaus, um verdadeiro show de esportividade quando o peixe é um pouquinho maior. Os jigs, na sua maioria são feitos de tungstênio, material mais denso que o chumbo e possibilitando maior peso em menor tamanho da isca.

O pescador João Henrique Yanase  e um pequeno Olho de Boi capturado com o micro jig Maxel Dragonfly L

A modalidade do Micro Jigging chegou ao Brasil a pouco tempo, divulgada por pescadores entusiastas em busca de diversidade de estilos de pesca japonesas, e se adaptou com muito sucesso em águas brasileiras. Aqui a modalidade sofreu algumas adaptações no seu estilo, sendo muito usada em pescarias embarcadas. No Brasil temos uma grande pressão de pesca que faz com que os peixes fiquem mais arredios e ariscos e a diminuição de espessura de linhas, shockleaders e iscas fazem a diferença na captura de diversas espécies não só pequenas mas também ótimos peixes de tamanhos consideráveis estão sendo capturados com essa técnica de pesca.

Um outro ponto que faz do Micro Jigging uma modalidade de sucesso é o tamanho dos jigs que se assemelham muito ao tamanho de alimento que os predadores estão acostumados a comer. Como diz o ditado “menos é mais”, e deu muito certo, menor a isca, maior o peixe !!

Na pesca embarcada em parcéis o micro jig também é lançado a uma distância considerável do barco, se deixa chegar ate a profundidade desejada e é trabalhada com toques de ponta de vara, e em seguida deixando o jig afundar um pouco, se repete esse movimento até ser preciso lançar novamente. Já na pesca embarcada próximo a pedras pescando na espuma como é conhecida, se lança o jig e trabalha com toques variando os movimentos, nesse tipo de pescaria as varas não precisam ser tão longas, bastando em media 7 pés, como a Tailwalk Micro Gamer e a Crazee Light Jigging.

Já para a pescaria desembarcada, nas pedras, são usadas varas mais longas, entre 7 e 9 pés, para maior distancia de arremesso e proteção da linha, pois o pescador precisa manter a linha o mais longe possível das pedras.

Se você ainda não tentou essa modalidade achando que só pegaria peixe pequeno está enganado, pois grandes troféus já foram capturados com esse estilo, além do fato da esportividade e técnica serem muito exigidas proporcionando momentos incriveis. O pescador esportivo precisa se adequar as necessidades de pesca já que esta cada vez mais difícil achar lugares piscosos no Brasil, então não espere mais! Experimente o micro jigging e com certeza se apaixonará por essa técnica !

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